Por Fabio Augusto Pacheco – Especialista em Soluções para Dispositivos Móveis

Quando nos dirigimos para uma loja e realizamos uma compra é extremamente importante para o estabelecimento saber como foi a nossa experiência para que ele possa melhorar seus serviços e investir em seu crescimento.  A oportunidade também é excelente para comunicar o consumidor sobre novos produtos e ofertas chamando a atenção para uma nova compra. Tendo isto em vista, como a gestão de mobilidade pode ser usada para impulsionar estas iniciativas?

Antes, esse feedback era obtido por meio de perguntas no caixa – onde o consumidor poderia se sentir incomodado, coagido a falar bem da empresa ou até mesmo recusar-se a responder por estar com pressa, um outro caminho encontrado pelas empresas era com campanhas de marketing  por meio de e-mails, ligações telefônicas ou SMS.

Hoje, por vivermos em um mundo multimídia e extremamente conectado, muitas lojas tem obtido sucesso posicionando dispositivos com telas sensíveis ao toque em suas saídas para que os consumidores possam, voluntariamente, registrarem se foram bem atendidos, se encontraram o que procuravam ou qualquer opinião sobre o estabelecimento.

Além de permitir respostas mais sinceras, estes dispositivos são muito bem vistos, uma vez que a interatividade com tablets e smartphones está bem inserida na rotina das pessoas.

O mesmo se observa com a comunicação visual. A menos de uma década atrás, lançar uma nova campanha visual para um produto ou comunicar a chegada de ofertas para uma data comemorativa envolvia trocar diversos cartazes e painéis, processo que consumia considerável tempo, mobilizava uma equipe de merchandising que podia levar dias visitando várias lojas de uma rede e, ao final da campanha, gerava um material para descarte que muito provavelmente não seria reaproveitado. Todos esses problemas sumiram com a informatização deste processo.

Para uma comunicação eficiente e completa, muitas lojas passaram a espalhar monitores e tablets de diversos tamanhos por seu espaço. Hoje, com apenas um clique toda a comunicação visual de produtos é trocada, atualizando preços, aproveitando a sazonalidade e comunicando o quê e quando é importante para determinada loja. O número de pessoas envolvidas nestas atualizações é mínimo, muitas vezes se resumindo a uma pessoa, e nenhum material de descarte não reutilizável é gerado, mantendo a operação limpa e não ocupando nenhum espaço além do que já existe para a exposição.

As vantagens existem e são muito bem aproveitadas. Mas como podemos assegurar que tudo funcione adequadamente? Como podemos saber se as informações estão corretas, se todos os dispositivos estão funcionando, se eles não foram desconfigurados ou mesmo se foram deslocados de suas posições? A resposta é muito simples e ao mesmo tempo complexa: é preciso gestão. E a gestão sobre estes dispositivos é provida por meio de sistemas de gerenciamento de dispositivos móveis, os populares MDM.

Com um sistema MDM pode-se ter o inventário dos dispositivos distribuídos atualizado em tempo real, com detalhes como nível de bateria, memória, versão do sistema operacional, aplicativos, tempo que o equipamento está ligado etc.

Pode-se ainda criar alertas para o caso de algum parâmetro ser atingido, prejudicando assim a operação – como a queda da bateria para menos de 5% ou um aplicativo desatualizado, por exemplo.  O sistema também registra a localização exata dos dispositivos pelo GPS, identificando se ele foi retirado de seu raio de atuação, agilizando o bloqueio ou apagando os dados do dispositivo remotamente. Todas essas ações são tomadas em tempo real e tornam a gestão dos dispositivos eficiente e segura.

Modo quiosque

Se o gestor já possui o gerenciamento dos dispositivos, é abastecido com informações dos consumidores da sua região e os mesmos já estão espalhados em distintos pontos de venda, como prevenir que estes não sejam desconfigurados?

A melhor opção é o modo quiosque, em que o dispositivo tem disponível uma única aplicação e não é possível alternar entre outras existentes e nem fazer ajustes em suas configurações.

Um exemplo prático seria um tablet exposto em um balcão de uma loja de roupas, mostrando a nova coleção feita especialmente para o dia das mães. As roupas são mostradas continuamente em um aplicativo e todos os outros recursos do dispositivo não são acessíveis para um usuário, exceto para aquele que tem acesso ao sistema e pode mandar comandos remotamente.

Na prática, mesmo que tente, uma pessoa não conseguiria alterar o brilho da tela, volume, desligar o aparelho, sair do aplicativo e acessar outras telas – ou tomar qualquer outra ação referente ao equipamento. Desta forma, garante-se que os dispositivos sirvam exclusivamente ao seu propósito.

Outro exemplo: uma rede de artigos esportivos decide disponibilizar em suas lojas um tablet próximo à saída onde o consumidor pode responder sobre sua visita e registrar opiniões e dúvidas, disponibilizando telefone e e-mail para futuro contato se assim desejar.

Diferentemente do exemplo anterior, o equipamento não será passivo, tendo este que ter algumas funções habilitadas, como disponibilizar a ativação do teclado pelo usuário. Utilizando o modo quiosque, pode-se controlar a utilização de um único aplicativo e quais funcionalidades serão liberadas como, o teclado que pode ser liberado enquanto a câmera é desabilitada. Por motivos de segurança, pode-se liberar a conexão de Internet sem fio com uma rede fixa e bloquear a conexão Bluetooth e por cabo usb – evitando assim que dados de clientes sejam roubados.

Com o gerenciamento e a implantação do modo quiosque, podemos ter certeza que os dispositivos estão sendo usados para um único fim, sempre atualizado e envolvendo o mínimo de pessoas possível sem gerar custos ou refugo que deve ser descartado. Os custos a médio e, em muitos casos, a curto prazo, são consideravelmente menores. Em cenários complexos onde se necessita de informação e controle, esta é sem dúvida a melhor opção para se entregar configurações seguras e confiáveis.

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