A mobilidade corporativa ganhou impulso com o aumento do uso de dispositivos móveis como smartphones e tablets pelos colaboradores em suas atividades relacionadas ao trabalho. E com esse avanço, as operadoras lançaram novos planos que pudessem melhor atender a esse cenário nas empresas: um exemplo disso foram os planos pós-pagos conhecidos por flat fee. Esse modelo se tornou uma tendência global e passou a ser a opção de muitas companhias.
Se por um lado, as empresas contratam planos flat fee pela vantagem de não ter surpresas na fatura – pois a cobrança é fixa –, por outro, precisam aprender a lidar com um novo vilão que surge com o acesso ilimitado nos dispositivos móveis corporativos. O celular já é considerado o fator que mais afeta a produtividade no trabalho, de acordo uma pesquisa feita pela CareerBuilder, que revelou que 75% dos empregadores disseram que duas ou mais horas por dia são perdidas enquanto os funcionários estão distraídos nos aparelhos.
É compreensível que os profissionais possam ocasionalmente usar seus dispositivos móveis ou realizar tarefas pessoais durante o expediente. Mas essas atividades podem se tornar grandes distrações, principalmente, quando há acesso ilimitado de dados em seus dispositivos corporativos, por exemplo. Se ao adotar planos flat fee as companhias visam, principalmente, reduzir custos, essa economia pode ser ilusória no fim das contas, já que um colaborador improdutivo afeta negativamente os financeiros da empresa.
Mas o que as empresas podem fazer para reduzir os riscos de baixa produtividade nos seus times, gerada pelo acesso ilimitado em seus dispositivos?
Uma coisa é fundamental: uma das melhores práticas continua sendo a conscientização do problema junto aos colaboradores. Ao estabelecer políticas para o uso pessoal dos dispositivos durante a jornada, a empresa aumenta as chances de reduzir altos níveis de improdutividade. Em vez de proibir, o que não é visto como algo eficiente, uma boa opção é incentivar o uso em horários estipulados que não comprometam o expediente.
Outro ponto de alerta: as empresas também devem estar cientes de que, no atual cenário de negócios conectados, níveis mais baixos de concentração podem acarretar problemas de segurança de dados. Portanto, é vital que as empresas desenvolvam processos de segurança, levando em conta o baixo estado de alerta dos colaboradores enquanto estão dispersos em seus dispositivos.
A conectividade irrestrita não é necessariamente algo ruim, mas precisa ser gerenciada. Para que planos flat fee não sejam uma armadilha para sua empresa, mantenham um diálogo aberto com os funcionários sobre distrações de tecnologia. O melhor caminho continua sendo reconhecer a existência do problema e discutir soluções para manter a produtividade.
Com a mobilidade as empresas ultrapassaram barreiras globais, o que também levou ao aumento da força de trabalho. Enquanto avançam nessa jornada tecnológica, os impactos vão surgindo, em alguns momentos, bem nocivos. Mas o importante é lidar com os desafios e aproveitar a oportunidade para melhorar processos, alterar políticas internas e analisar qual é o modelo de negócios que serve para sua empresa.
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