Estudo da Navita aponta que, em média, 20% dos pacotes de telefonia contratados não são utilizados
Da Redação – Computer World
O estudo “Uso de Pacotes de Telefonia Corporativa no Brasil”, conduzido pela Navita, apontou que as empresas brasileiras enfrentam dificuldades em acertar na contratação pacotes de serviços de telefonia conforme sua necessidade de uso.
Segundo o levantamento, realizado entre janeiro e agosto de 2016, alguns serviços contratados pelas companhias possuem uma taxa de inutilização de 20%. Para ser mais claro: pagam por algo que não usam.
Além disso, a pesquisa revela que, pelo menos, 7% do total dos gastos com telefonia é pago com solicitações avulsas, com valor 80% maior do que o negociado em contrato.
O levantamento analisou os planos de telefonia de 46 empresas brasileiras e 103 mil linhas corporativas em um período de oito meses. Juntas, esse universo pesquisado gastou, no período da pesquisa, R$ 42 milhões do total com telefonia.
A pesquisa considerou o consumo por dados, voz (incluindo roaming internacional) e envio de mensagens SMS. Em todos os serviços avaliados, há pagamentos a mais por serviços contratados fora do pacote ou contratados e não utilizados. Sem mencionar as despesas com multas de cancelamento, serviços de interatividade, entre outros.
O custo com serviços fora do pacote, por exemplo, (considerando serviços de dados, sms, voz) em todo o período foi mais de R$ 2,9 milhões. Além disso, essas empresas pagaram mais de R$ 3 milhões com serviços que contrataram e não utilizaram.
“Os números assinalam gastos desnecessários que poderiam ser evitados. Sem uma boa gestão de telefonia, essas empresas deixariam de economizar até R$ 6 milhões, que poderiam ser investidos em outras atividades. O controle precisa ser feito mensalmente para acontecer a correção já para o mês subsequente”, explica o diretor de Serviços da Navita, Maurício Yamamura.
Alguns números extras
O maior consumo foi com serviços de dados, que custou para essas empresas um total de R$ 20 milhões, no período. O uso de dados é também o serviço em que mais as empresas se equivocam na contratação. Tanto o gasto com serviço contratado e não utilizado (13%) quanto os pagos fora do pacote, chamados de avulsos (6%). No total, foram R$ 4 milhões de desperdício com dados.
Já em SMS, o gasto no período foi de R$ 800 mil. O valor pago por mensagens enviadas fora do pacote é bem superior ao contratado e representou 51% dos gastos de SMS. Em números, foram mais de 200 mil mensagens enviadas fora do pacote. Outros 11% foram contratados e não utilizados. Estas despesas equivalem a R$ 500 mil.
“Utilizar SMS nessa quantidade já é algo que merece a ser avaliado pela gestão: precisamos enviar tantas mensagens? Para qual finalidade são utilizadas? Não temos uma alternativa mais barata?”, pondera o diretor.
E em voz, os gastos chegaram a R$ 11 milhões, sendo que 2% foram contratados e não utilizados e 13% de contratações avulsas, resultando em quase R$ 2 milhões em gastos desnecessários. As chamadas excedentes custaram, em média, 80% a mais que o valor definido em pacote.
Um grande vilão e pouco conhecido está nas despesas com roaming internacional, que representaram 12% dos gastos totais com voz. O custo de roaming em voz avulso fora do pacote é 30% mais caro do que o pacote contratado. Nesse caso, a contratação de um pacote de roaming poderia resolver a questão. A contratação avulsa foi superior a R$ 2,4 milhões.
“É muito dinheiro jogado fora sem necessidade que poderia ser economizado ou investido em outras áreas da empresa. Uma boa gestão de telefonia pode orientar a contratação de pacotes mais adequados à realidade de uso das empresas e contribuir para um melhor aproveitamento do dinheiro investido”, avalia Yamamura.
Veja o estudo na íntegra: AQUI
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