A Navita foi procurada pelo Valor Econômico como referência para falar sobre segurança da informação em dispositivos Android.

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Por Françoise Terzian | De São Paulo

“Cerca de 275 milhões dos 1,5 bilhão de dispositivos móveis que rodam Android no mundo corriam risco de invasão, alertou a NorthBit, agência de pesquisa de software israelense, há quatro meses. A preocupação referia-se a bugs encontrados na biblioteca multimídia e em outras partes de uma versão mais antiga do sistema operacional móvel do Google. Essa não foi a primeira vez que se ouviu reclamações referentes à vulnerabilidade do Android. Hoje, em torno de 94% do mercado brasileiro de smartphones roda o Android. Samsung, Motorola e LG, por exemplo, que são as três maiores vendedoras de celulares do país, fazem uso do sistema do Google. O Android é a plataforma com o maior número de usuário e também o mais atacado. Os números de ataques malware contra o Android flutuaram ao longo de 2015. Relatório da Symantec mostra que suas ferramentas bloquearam por volta de 550 ataques por dia no primeiro trimestre. Já no terceiro trimestre o número caiu para 272 por dia e subiu para 495 diários nos últimos três meses do ano.

Mas qual a razão para o Android ser considerado mais vulnerável que o iOS, do iPhone, da Apple? “A partir do momento que se tem acesso ao código fonte do Android, é possível inspecionar e entender o que está acontecendo. Já o sistema operacional da Apple é fechado. Ninguém tem seu código-fonte. A chance de um hacker encontrar uma brecha para iOS é muito menor que no Android”, explica Arthur Cesar Oreana, especialista em segurança da informação da Symantec.

Fabio Nunes, CTO da Navita, acrescenta que o Android permite que desenvolvedores tenham acesso a quase tudo em seu telefone – do catálogo de contatos à câmera, coordenada no GPS, mensagens, e-mails, fotos e documentos.

É por isso que os invasores criam ameaças para explorar as vulnerabilidades dos dispositivos que rodam Android. Há, inclusive, registros de cibercrimes que fizeram uso de vírus para cifrar os dados do aparelho do usuário e realizar o chamado “sequestro virtual”. Ou seja, se quiser voltar a ter acesso às informações, é preciso pagar pelo resgate.

Um erro humano que expõe o smartphone, por exemplo, é fazer o download de aplicativos em locais de origem desconhecida. “Se vai baixar algo, faça a partir do Google Play (a loja que oferece milhares de músicas, jogos, filmes e aplicativos para sistema Android)”, sugere.

Smartphones são um alvo cada vez mais atraente para criminosos on-line. Como resultado, os hackers estão investindo em ataques mais sofisticados, que sejam eficazes em roubar dados pessoais valiosos ou extorquir dinheiro de vítimas. Embora os usuários do Android tenham sido o principal alvo dos hackers em 2015, os dispositivos iOS também foram atacados.

De acordo com a IDC, o mundo comprou 1,4 bilhão de smartphones em 2015, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Cinco a cada seis novos dispositivos estavam rodando Android, volume que inegavelmente interessa aos invasores. Relatórios de fabricantes de antivírus, no entanto, mostram um avanço também nos ataques aos aparelhos da Apple, em menor quantidade, mas nem sempre em menor agressividade.”

Fonte: Valor Econômico 

 

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