Navita no Valor Econômico

Por Carmen Nery | Para o Valor, do Rio

Com a proliferação de aplicações de mobilidade nas empresas, está cada vez mais complexo gerenciar o parque de dispositivos móveis. A base de aparelhos cresce aceleradamente e de forma diversificada, principalmente em função da permissão para que os funcionários utilizem os seus dispositivos pessoais como ferramentas de trabalho – fenômeno conhecidido como Byod, bring your own device -, interagindo com os sistemas da empresa. Isso requer políticas de segurança, atualização automatizada de aplicações, configurações remotas e suporte por meio do MDM, do inglês Mobile Device Management, ou gerenciamento de dispositivos móveis.

Esse mercado é atendido por empresas especializadas pioneiras, como a Navita e a Citrix, e também pelas operadoras móveis que atuam diretamente, como a Oi e a Embratel, ou em parceria, modelo adotado por TIM e Vivo. Rafael Marquez, diretor de marketing do segmento corporativo da TIM, observa que, para reduzir custos, as empresas estão estimulando os funcionários a usar seus celulares ou a trabalhar remotamente.

“Os fatores determinantes são eficiência e produtividade. É preciso permitir o acesso ao ERP ou a aplicações como automação de vendas. A empresa contrata o MDM para que os diferentes aparelhos possam rodar a aplicação com a performance ideal, uniformidade e segurança”, afirma.

A operadora foi uma das pioneiras – usando a plataforma da Navita e atuando num modelo de partição de receitas – ao oferecer o MDM como um complemento da oferta de conectividade. O módulo de Gestão Móvel faz serviços de configuração, segurança, inventário e gestão de aplicações.

A Embratel oferece o serviço de MDM há um ano, principalmente para clientes da Claro, que oferta a opção no momento da venda das linhas celulares ao mercado corporativo. A empresa usa plataformas de mercado como Mobile Iron e Air Watch, mas ela própria executa os serviços. As soluções gerenciam o processo de instalação, o controle de acesso, a configuração e a gestão de aplicativos.

“Nem toda empresa que contrata linhas celulares pede MDM, mas o interesse é crescente. No caso do Byod, as empresas permitem o funcionário usar o próprio celular, mas impõem algumas regras de acesso a e-mails e aplicativos, com listas negras e listas do que é permitido. Quando o aparelho é da empresa, ela cria uma loja e faz a curadoria dos aplicativos de mercado”, diz Rachid.

A Oi fornece a solução Gestão Mobilidade, com a plataforma Mind 360 da IBM, tropicalizada pela operadora. Segundo Luiz Carlos Faray, diretor de TI do B2B da Oi, a solução faz a gestão de smartphones e tablets, incorporando conceitos de segurança, monitoramento e gestão remota dos dispositivos móveis. A Oi vende a plataforma e, se o cliente quiser que a operadora execute o serviço, deve contratar serviços gerenciados, opção adotada por 20% da base de clientes da plataforma.

“Na hora que o dispositivo é provisionado, já se indica se é da empresa ou do funcionário. A empresa pode criar um contêiner no celular do empregado impedindo que nada saia dali ou possa ser salvo em outro local, ou estabelecer um prazo para a pessoa ler e depois apagar o conteúdo.

Também pode impedir que as câmeras funcionem na empresa”, diz Faray. A Navita foi a pioneira em introduzir o conceito de MDM no Brasil, em 2005, quando a RIM, fabricante do Blackberry, chegou ao país. Hoje tem parcerias com várias operadoras, incluindo Vivo, TIM e Claro. Fábio Nunes, diretor de produtos e Inovação da Navita, diz que o MDM baseia-se em quatro pilares: gestão de dispositivo, gestão de conteúdo, gestão de aplicativos e gestão de identidade. “Nos modelos de parceira com as operadoras, oferecemos a execução dos serviços para a gestão das plataformas incluindo de terceiros”, diz Nunes.

A Citrix Systems oferece a solução Xen Mobile e tem foco em mobilidade corporativa atuando com o conceito de Entreprise Mobile Management (EMM), que reúne MDM e Mobile Aplication Management (MAM). Luis Banhara, diretor geral da empresa, observa que o MDM comoditizou-se e hoje existem soluções simples com 50 políticas e outras com mil.

“O MDM tem a ver com segurança, incluindo criptografia do dispositivo ou da aplicação e políticas de segurança, como não permitir o uso de portas USB. Seu objetivo é frear o uso. Já o Mobile Aplication Management é o acelerador, pois visa dar mais instrumentos para o usuário acessar, de forma segura e com boa experiência o ERP, o CRM, a aprovação de despesas, entre outras”, diz Banhara.

A Vivo oferece o Vivo Gerenciamento Integrado executado com plataformas Air Watch, Navita, Mobile Iron e Samsung Knox para atender aos padrões globais de multinacionais, diz Viviane Soares, diretora de B2B da Vivo. São opções de MDM: Light (segurança básica para Android); Intermediário (diferentes tipos de smartphones, controle de aplicativos e política de segurança); e Avançado (byod com dois tipos de contêineres).

 

 

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