Quando Gordan Moore, o então presidente da Intel, previu em 1965 que o poder de um processador iria dobrar a cada 18 meses e seu tamanho diminuir, possibilitando o desenvolvimento de equipamentos de comunicação portáteis (o que hoje conhecemos como smartphone) essa realidade parecia tão distante quanto algumas tecnologias que se apresentam hoje.
Décadas depois, sua previsão não apenas se confirmou como também abriu precedentes para várias das tendências apontadas no Simpósio do Gartner e discutidas pelo diretor de Produtos e Inovação da Navita, Fábio Nunes, durante o webinar sobre o assunto.
Carros voadores, robôs substituindo profissionais, a vida em realidade virtual? Tudo isso parece futurístico demais, mas o futuro da tecnologia está próximo e é bem mais simples do que imaginamos. Em um prazo de até 10 anos, cinco destas tecnologias já farão parte do cotidiano das empresas e pessoas. Conheça quais são as tecnologias que já poderão ser vistas em um futuro próximo:
1 – IoT (Internet of Thinks) ou Internet das Coisas
Dados do Gartner apontam que até 2020 mais de 50 bilhões de dispositivos móveis estarão conectados, grande parte impulsionada pelo mundo empresarial.
As aplicações de IoT para as empresas são inúmeras como: medidores de água e de energia elétrica conectados à internet, o próprio sistema de iluminação e de trânsito, além de fazendas que utilizarão sensores para monitorar as condições do solo e clima, a quantidade de água, a qualidade dos produtos integrando todas essas informações em uma central que compartilhará com o sistema logístico, reduzindo custo e ganhando eficiência.
2 – Os dados vão engolir o mundo!
A segunda tendência é o Big Data ou inteligência de dados. A quantidade de dados gerados atualmente já é imensa. Atualmente, são enviados por minuto mais de 200 milhões de e-mails, 2 milhões de compartilhamentos no Facebook e mais de 340 mil fotos por Whatsapp. Só para citar alguns números.
Nos próximos anos com o desenvolvimento da Internet das Coisas esses números serão ainda maiores. Estimativas apontam que até 2020, 40% dos dados trafegados virão de sensores. Hoje esse número está na ordem de 5 a 10%.
A questão mais importante é: como extrair valor de todos os dados trafegados para o negócio da empresa? Oportunidades para todos os tipos de empresa e profissionais não irão faltar. Pelo contrário, essa avalanche de informação cria a necessidade de pessoas e softwares que saibam ler os dados e transformá-los em negócios. O surgimento de novas profissões como o Cientista de Dados, o profissional mais requisitado do mercado atualmente e que há cinco anos nem existia, por exemplo, é uma prova disso.
3 – O renascimento dos robôs
Quando se fala em robotização é muito comum a personificação da máquina substituindo seres humanos. Mas, na verdade, o uso dos robôs já é uma realidade viável.
Os carros autônomos que estão sendo desenvolvidos pelas montadoras é exemplo dessa utilização, assim como, os drones usados em vistorias de rede elétrica na Amazônia ou no monitoramento de tubulações de saneamento. Essas alternativas já são empregadas e agregam segurança e eficiência em atividades e locais que exige muito esforço e risco.
4 – Realidade Virtual – Uma imagem vale mais do que mil palavras 2.0
O recente sucesso do Pokémon GO exemplifica bem a capacidade desta tecnologia e o poder que ela tem de impactar o consumo. Trazendo essa realidade para o mundo dos negócios o alcance pode ser bem grande.
Se posso usar um smartphone com um game para projetar a imagem de um personagem na sala de casa, por que não fazer o mesmo com uma obra de arte ou qualquer outro produto?
Em alguns países do exterior há testes com um simulador para o uso da realidade virtual em supermercados. Tanto empresas utilizam a tecnologia para avaliar a melhor forma de disponibilizar um produto na gôndola no ponto de venda em relação aos concorrentes e produtos similares quanto as lojas virtuais já possuem iniciativas para promover a experiência de compra virtual. Esses simuladores permitem que o consumidor viva a experiência de passear nas lojas e ver os produtos de perto, aumentando o interesse por este tipo de compra.
5 – Personalização em massa
A última tendência apontada é a possibilidade de personalização em escala, não apenas via software, que é mais comum (Netflix, Spotfy, sites de e-commerce – coletando interesses), mas também a personalização de itens físicos via impressoras 3D.
Hoje, marcas como a Nike permitem a personalização de cores e detalhes em modelos de tênis, incluindo nome do cliente e outros detalhes, via e-commerce. Ou seja, a marca pode produzir mil pares de tênis, cada um com um detalhe diferente. O mesmo acontece com roupas, bolsas e outros artigos que ganham exclusividade ao serem customizados de forma massificada.
Mas, será que o mercado brasileiro está preparado para implementar essas tecnologias?
Profissionais do setor que participaram do webinar realizado pela Navita têm dúvidas: 72% dos participantes acreditam que o mercado brasileiro está mais preparado para incorporar o big data em seu dia a dia e 69% apostam na Internet das Coisas. Porém, realidade aumentada 28%, personalização em massa 31% e robotização 24% geram pouco entusiasmo.
Apesar de 69% dos entrevistados apontarem a IoT como promissora, 57% das empresas afirma ainda não estar preparada implantar a tecnologia e apontam a necessidade de estudar mais este mercado. Somente 26% dos entrevistados afirmam já ter projetos em andamento.
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