Considerada a quarta revolução social, a Internet das Coisas deve transformar o modo como as empresas trabalham, as pessoas se comportam no espaço público, além de criar novas oportunidades de negócios e profissões.
Essa é a visão de Jaqueline Paiva, gerente de produtos m2m da Vivo, umas das principais operadoras do país, e que também passa a atuar nesse mercado, que até 2020 vai chegar a 1.5 bilhão de dispositivos conectados, conforme dados do Gartner.
A especialista participou do segundo bate-papo online sobre Internet das Coisas promovido pela Navita, com a participação do CEO da empresa, Roberto Dariva.
De acordo com ela, os mercados de rastreamento, facilities e modos de pagamento são os que estão mais consolidados no país para aplicação da IoT.
O mercado de meios de pagamento, por exemplo, já há alguns anos utiliza a tecnologia móvel. A popularização desse segmento permitiu um amplo uso dos meios de pagamento por profissionais e serviços que antes era impensável como em feiras públicas ou ambulantes. O setor segue em evolução e deve, em breve, oferecer outros serviços aos lojistas como controle de estoque, fechamento de caixas, entre outros.
Para o futuro, Jaqueline acredita que os carros conectados têm muito potencial. Para ela, a conexão nos carros permitirá muito mais que o rastreamento dos veículos, mas uma série de serviços como análise do perfil do motorista para cobrança de seguro conforme a prática da direção; análise de elementos mecânicos no carro para prever manutenções e muito mais.
No entanto, a massificação destes serviços ainda deve demorar para chegar por aqui. De acordo com a profissional, comparado aos Estados Unidos e países da Europa, o Brasil ainda engatinha na implementação desta tecnologia. Por outro lado, quando se analisa o Brasil em relação à América Latina, o país é considerado um potencial enorme de oportunidades.
O envolvimento do poder público será fundamental para projetos de longo e para garantir o desenvolvimento de cidades inteligentes, que podem melhorar as condições de vida dos cidadãos, o meio ambiente e revolucionar a forma como as pessoas se relacionam.
Outro aspecto apontado por ela é a criação de novos modelos de negócios e mesmo profissões, fruto de junções de mercados distintos como o de telecomunicações com o setor automobilismo e elétrica para a criação do carro conectado elétrico, por exemplo.
Essa integração exigirá novos perfis de profissionais, que agreguem além do conhecimento em tecnologia também a visão de negócios. Mais do que ter acesso a dados, o profissional do futuro deverá saber o que ele vai fazer com as informações levantadas.
E para finalizar, um ponto que Jaqueline ressaltou é a viabilização da Interne das Coisas. Para ela, não basta criar a solução, é preciso rentabilizá-la. Por isso, ela entende que a IoT é uma tecnologia que ainda tem que se provar.
Abaixo o vídeo com todo o bate-papo!
Veja também a conversa do CEO da Navita, Roberto Dariva com o sócio da FX Retail, Vicente Rezende sobre a IoT e o comportamento do consumidor no varejo. AQUI