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Como evitar que e-mails em dispositivos móveis gerem horas extra

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é uma lei muito antiga e trabalhadores e empregadores sempre acham que é injusta para o seu lado. O ponto é que foi criada 1943 e vem sofrendo alterações por políticos que talvez nunca tenham estado no mercado de trabalho dos dois lados para saber o que realmente precisam fazer para que essa lei ajude empresas a gerar empregos formais, garantindo direitos aos empregados. A realidade hoje é outra, o mercado brasileiro está aquecido e não existe crescimento consistente com leis de 60 anos atrás. Recentemente, o governo sancionou uma alteração que dá margem para a interpretação de que e-mails recebidos fora do horário de trabalho podem gerar horas extras. E como na maioria dos casos em que há disputas, a interpretação será do juiz, o risco para o empregador é imenso. Se você for um empregador, responsável pela geração de empregos, já sabe que sempre estará em desvantagem, mesmo quando seu ex-funcionário estiver 100% de má fé. Mas será que as empresas vão conseguir evitar que seus funcionários enviem e-mails para suas respectivas equipes depois do horário comercial? Eu ofereço uma medalha para a empresa que conseguir evitar isso em 100% dos casos apenas com orientação ou normas e procedimentos. Ainda mais hoje em dia, com tantos smartphones e tablets nas mãos dos colaboradores. Mas nem tudo está perdido, existem formas de controlar isso e evitar dores de cabeça futuras, caso essa lei possa ser interpretada de tal forma. Talvez a forma mais eficiente de evitar que e-mails sejam enviados aos colaboradores fora do horário comercial, seja através de uma solução de gerenciamento de dispositivos móveis, também conhecida pela sigla MDM (Mobile Device Management). Com uma solução de MDM, empresas podem criar políticas (e/ou processos) para os diversos tipos de dispositivos móveis para evitar que e-mails cheguem até seus smartphones e tablets corporativos através de push e-mail (recurso que empurra os e-mails recebidos para a caixa de entrada do dispositivo móvel do usuário, que é avisado através de alertas). Outra forma seria parar o envio de e-mails a partir do servidor de e-mails entre um período de horas todos os dias, mas isso poderia acarretar em problemas graves no desempenho da rede e um impacto absurdo na infraestrutura da empresa. Já com o MDM, o servidor de correio continua enviando as mensagens para as caixas postais dos seus usuários, porém eles somente receberão esses e-mails quando forem até seus computadores e abrirem o software de correio eletrônico. Mas se uma solução de MDM com políticas de uso consistentes não for utilizada, os e-mails também irão para seus dispositivos móveis e aí um colaborador poderia reclamar que recebeu um e-mail e teve que trabalhar fora do horário. Trabalhando ou não, a decisão será do juiz que julgar esse processo trabalhista. Uma conta simples pode mostrar o tamanho do problema. Se o ano de 2012 for usado como exemplo, serão 252 dias úteis, sem contar os feriados e finais de semana para não deixar a conta tão grande. Se um colaborador reclamar 4 horas/dia de trabalho extra, devido aos e-mails recebidos, serão 1008 horas no ano. Suponha que o custo da hora trabalhada seja de R$ 50,00, haverá um total de R$ 50.400,00 (cinquenta mil e quatrocentos reais) em horas extras por funcionário e somente para o ano de 2012. E se isso acontecer numa empresa de 1000 colaboradores e 5% deles decidirem cobrar isso judicialmente? O prejuízo seria de R$ 2.520,000,00 (dois milhões, quinhentos e vinte mil reais). Essa é uma simples conta, mas basta uma primeira pessoa entrar com um processo e ganhar que muitas outras serão motivadas a fazer o mesmo. E esse não é um cálculo muito agressivo! Implantar uma solução de MDM para evitar esse tipo de problema é muito mais fácil e barato, sem falar que a mesma solução pode trazer mais segurança para a informação corporativa, controle sobre softwares instalados, remoção remota de dados em caso de perda, roubo ou furto, melhorar a qualidade do serviço, dentre muitas outras vantagens. Claro que cada plataforma tem suas particularidades, seja ela BlackBerry, Apple iOS, Android, Windows Phone, Symbian, etc. Mas o importante é cada empresa entender o tamanho do seu risco e saber como se preparar caso mais esse desafio seja lançado para o mundo corporativo brasileiro.   (*)Sócio fundador e CEO da Navita, Dariva é mestre em Ciências da Computação pela UFSC, professor de MBA e palestrante sobre diversos temas no Brasil e EUA. Escreveu o livro “Gerenciamento de Dispositivos Móveis e Serviços de Telecom” e na área social criou a campanha “Um doce por um sorriso” que ajuda creches e orfanatos na cidade de São Paulo, através da qual foi condecorado com o título de Comendador do Estado de São Paulo por duas vezes. Cadastre-se para receber artigos exclusivos Navita. Por Roberto Dariva

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Aplicativos Mobile, por onde começar?

O mundo da tecnologia vive em constante transformação, há algumas décadas a grande maioria dos softwares tinha sua arquitetura baseada em cliente-servidor, após alguns anos com a dominância da Internet estes sistemas foram ultrapassados por aplicativos via Web, que consolidam em um cliente central (o navegador web) todos seus acessos. A tecnologia do momento é a mobilidade, a era dos Smartphones e suas possibilidades que nos surpreendem a cada dia e nos remete novamente a velha arquitetura cliente-servidor. Para fornecedores e consumidores de TI esses momentos são críticos, pois exigem um direcionamento estratégico de plataformas, sistemas, produtos e arquiteturas a serem seguidas. São as escolhas de hoje que definirão os esforços de manutenção no futuro, por isso a importância do assunto. A era da mobilidade exige uma atenção especial dos executivos quando se fala de plataforma. No mundo web a diferença está basicamente nos navegadores, com dominância do Internet Explorer e Firefox, que trazem pequenas diferenças para apresentar os sistemas baseados em Web. O mundo mobile é muito mais híbrido e despadronizado, com uma grande variedade de fabricantes de aparelhos e sistemas operacionais. Estamos falando de diversas plataformas – Java, iPhone, Symbian, Blackberry, Android e Windows Mobile para citar as principais, isso sem contar as características de hardware de cada aparelho: com ou sem câmera, com ou sem GPS, Teclado touch ou querty e os mais variados tamanhos e resoluções de telas. Como orientar seu desenvolvimento e estratégias frente a um mundo com tantas alternativas? Esse texto não busca orientar que tipo de aparelho ou sistema operacional é o mais indicado para sua empresa, mas irá explicar as diferenças entre as duas arquiteturas mais comuns para aplicações Mobile: via web (HTML) ou com clients específicos para cada plataforma. E para isso vamos apresentar algumas características importantes de cada abordagem. Performance Quando falamos de aplicativos client boa parte da aplicação já está carregada no aparelho: a camada visual, imagens, textos padrão, tabelas, enfim, toda a aparência do sistema é fixa no client, o que trafega pela rede são apenas as informações necessárias para popular o aplicativo. Geralmente essas informações são texto simples e trafegam muito rápido pela rede. Em uma abordagem Web, todas as informações necessárias para cada tela devem ser baixadas do servidor para o dispositivo, a cada requisição é necessário download de tudo novamente. Além de ser mais lento, custa mais caro para o usuário, que paga pelo tráfego adicional de dados. Neste quesito, ponto para aplicativos client. Usabilidade Apesar dos navegadores para mobile estarem evoluindo rapidamente, o conjunto de recursos da linguagem HTML limitam muito a usabilidade das aplicações baseadas em Web, especialmente quando se fala de interatividade, ainda são poucos e bem restritos os elementos de interface disponíveis para HTML mobile: caixas de seleção e escolha, pop-ups, alertas, tabelas e alguns poucos outros. O ponto principal para adoção ou não de um aplicativo móvel é a usabilidade, eles devem ser extremamente simples, para qualquer usuário acostumado com os recursos do aparelho. Se o usuário tiver alguma dificuldade de uso na primeira tentativa, as possibilidades dele dar uma segunda chance são pequenas. Atenção especial a isso. Usabilidade traz mais um ponto para aplicativos client. Segurança As necessidades mais comuns de aplicações corporativas para mobile envolvem de alguma forma expor informações de sistemas internos como: ERP (SAP, Oracle, PeopleSoft, TOTVS), CRM, Intranet e BI para equipes que estão fora do escritório. Você atualmente libera acesso a esses sistemas via Internet para fora de sua rede? Aplicações web mobile devem seguir essa mesma política. Aplicativos client apresentam características de segurança mais interessantes, você tem controle sobre a distribuição – quem usa e instala o aplicativo, as informações podem ser criptografadas para envio e descriptografadas no client e seus sistemas não ficam expostos para toda Internet, apenas os clients terão acesso aos serviços. PUSH Um dos grandes aceleradores da mobilidade corporativa foi o email com tecnologia push, que alerta os usuários a cada nova mensagem recebida. Isto é possível devido à arquitetura síncrona de aplicativos client-server, que permitem comunicação de mão dupla: o cliente fala com o servidor e o servidor tem capacidade de se comunicar com cada cliente conectado a ele. O modelo de aplicativos web está baseado na arquitetura request/response, o cliente faz uma requisição, o servidor responde. O sentido inverso não é possível neste modelo. Push é um recurso exclusivo para aplicativos client. Recursos do aparelho A cada dia mais recursos tecnológicos vem equipamento os modelos de smartphones: poderosas câmeras fotográficas e filmadoras, GPS, bússola, tocadores de músicas e vídeo. Com tantas ferramentas disponíveis faz todo sentido utilizá-las integradas a seus aplicativos. A realidade, porém é que apenas aplicações client têm capacidade de interagir com estes de recursos, uma vez que dependem de APIs oferecidas pelos sistemas operacionais para realizar este tipo de integração. Aplicações via web não tem esta capacidade, por limitações da própria linguagem de desenvolvimento e por questões de segurança, que limita o acesso dos navegadores ao sistema operacional. Se você precisa integrar recursos de hardware do aparelho aos seus sistemas, o único caminho é com aplicativos client. Plataformas de desenvolvimento Cada sistema operacional – Java, iPhone, Symbian, Blackberry, Android e Windows Mobile tem linguagens e ferramentas de desenvolvimento específicas, isso significa que uma aplicação client desenvolvida para um sistema operacional não funciona em outro. Sim, para cada sistema operacional, uma aplicação! Aplicações web são mais genéricas, todos os sistemas operacionais têm navegadores com capacidade de acessá-las, a variação entre fabricantes e sistemas operacionais é basicamente no tamanho e resolução de telas. Apesar de algumas deficiências, podemos dizer que uma aplicação web funciona para todos dispositivos, e este é seu principal benefício. Com as explicações acima conseguimos entender um pouco melhor as diferenças entre as duas abordagens, e principalmente compreender algumas características importantes do ambiente de desenvolvimento de aplicações móveis. Decidir qual das duas arquiteturas seguir é o primeiro passo de uma iniciativa de mobilização de aplicativos, e a escolha depende sempre de sua estratégia: quais os objetivos, o público alvo e os resultados esperados

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