Provavelmente você já deve ter escutado alguém dizer que sua vida estava toda dentro do celular. Quem sabe até você já disse algo parecido. A verdade é que com as facilidades atuais e avanços tecnológicos constantes, a ideia de que os celulares possuem hoje uma importância muito grande na vida das pessoas não é apenas uma força de expressão. Muitas informações sobre você realmente estão lá. Quantos aplicativos de redes sociais, como Facebook, WhatsApp ou Instagram você possui em seu aparelho? O app do seu banco está instalado no seu smartphone? Você já realizou alguma transferência dentro do WhatsApp?
A variedade de recursos é tanta e as operações são tão rotineiras que a maioria das pessoas acaba relaxando quando o assunto é proteção para o celular.
Com dados tão valiosos sobre você e até mesmo sua empresa armazenados em seu dispositivo móvel é importante ler esse artigo. Você vai conhecer alguns dos principais riscos e golpes executados por criminosos e como proteger o celular da melhor maneira evitando roubo do seu perfil e suas informações.
Tenha uma boa leitura!
Índice
A grandeza dos dispositivos móveis em números
Nos últimos anos, as mais variadas tecnologias entraram na vida das pessoas. É muito difícil conhecer alguém que não use um dispositivo móvel e que não tenha conta em pelo menos uma rede social. Além do fato de a comunicação entre pessoas ter ficado mais ágil com o uso dos telefones celulares, outros fatores também proporcionaram uma conexão mais forte entre pessoas e os aparelhos.
Assistir filmes e séries pelos diversos serviços de streaming disponíveis, armazenar arquivos em nuvem, aplicativos de bancos para realizar transações financeiras, solicitar transporte ou pedir comida por apps de delivery. Tudo isso virou parte da rotina dos consumidores, sendo os brasileiros um dos maiores usuários de dispositivos móveis e onde o mundo digital vem se fortalecendo anualmente.
Em 2020 o número de dispositivos digitais – tablets, smartphones, notebooks – no Brasil era de 424 milhões, praticamente o dobro da sua própria população. Em relação apenas aos telefones celulares esse número chegava a mais de um por habitante, num total de 234 milhões.
Com os avanços tecnológicos e a popularização do acesso à internet, o uso da tecnologia 4G bateu recorde em número de acessos (173,7 milhões) em relação ao auge do 3G (168,5 milhões) em 2015. Agora há a expectativa pela chegada do 5G, que poderá impulsionar ainda mais estes números.
De acordo com a ANATEL são 228,64 milhões de linhas móveis ativas no Brasil. Com tantos usuários de celulares no país, é normal que o consumo de produtos e serviços pela internet via smartphones também tenha disparado junto. Aplicativos também fazem sucesso entre a população e os apps de trocas de mensagens estão entre os mais populares.
Sem dúvida alguma, entre as ferramentas mais utilizadas para compartilhar mensagens e até enviar e receber dinheiro, está o WhatsApp.
O seu grande amigo, WhatsApp
É mais fácil encontrar ouro do que alguém que não tenha o aplicativo de mensagens instalado no celular. Seja para compartilhar fotos em família ou mandar uma mensagem rápida entre amigos ou até mesmo na utilização comercial com o uso do WhatsApp Business.
O aplicativo de mensagens instantâneas foi lançado em 2009 pelos ex-colaboradores do Yahoo Brian Acton e Jan Koum e no mesmo ano chegou ao Brasil. Contando com mais de 2 bilhões de usuários em mais de 180 países, o aplicativo é um dos mais populares entre os brasileiros. Em 2020, praticamente todos os smartphones (99%) do Brasil utilizavam o WhatsApp.
De fácil utilização, gratuito e com vários recursos disponíveis, o aplicativo parece ter vida longa por aqui. Mas apesar do sucesso, alguns perigos também estão sendo apontados recentemente.
Tanto para empresas que precisam realizar gestão de aplicativos ou vendas, quanto para pessoas físicas. Um tema que preocupa está relacionado a proteção para celular.
Os perigos do WhatsApp
Ter um aparelho celular furtado ou roubado não é o único problema. Com praticamente toda a vida da pessoa inserida no dispositivo móvel, muitos dos seus dados pessoais mais importantes estão armazenados no aparelho. E apesar do WhatsApp ser um aplicativo simples de ser utilizado e aparentemente inofensivo, ele também pode ser uma porta de entrada para criminosos roubarem seu perfil e aplicarem uma série de golpes.
Somente no Brasil mais de 5 milhões de pessoas foram vítimas de clonagem do WhatsApp em 2020. E a clonagem é um dos golpes preferidos pelos fraudadores. Para garantir a proteção para celular confira como funciona este e outros dos principais golpes praticados.
1- Clonagem de WhatsApp: usando a engenharia social, os criminosos imitam instituições reais para convencer as vítimas a fornecerem dados pessoais em chats em redes sociais. Prometendo descontos especiais, promoções “imperdíveis” ou pesquisas. Com acesso ao número da vítima e dados pessoais, os criminosos entram em contato com a operadora de telefonia informando a perda do chip e pedindo a recuperação do número.
No caso é o chip da vítima que acaba sendo clonado. Com o novo chip ativado, o anterior (da vítima) é desativado. Agora basta ativar a conta do WhatsApp novamente e ter acesso a todos os contatos. Assim os criminosos podem pedir favores financeiros para amigos e familiares contando os mais diversos tipos de histórias.
O que fazer: a primeira regra é evitar passar seu número em redes sociais ou para supostas empresas. Por mais que exista algum tipo de proteção para celular, nesse caso é a própria vítima quem fornece os dados.
Existem soluções que podem além da gestão de aplicativos, proporcionar maior segurança para celular alertando sempre que alguém tentar acessar seu compartilhador de mensagens.
2- Pix de R$ 1: esse é o antigo golpe da pirâmide financeira remodelado e tem sido um dos mais aplicados em 2021. O golpe funciona da seguinte maneira: com uma aplicação mínima de 1 real feita pelo Pix, a vítima se torna administrador de um grupo no WhatsApp e assim deve colocar novos membros no grupo que farão o mesmo tipo de transferência. Com a argumentação de crescimento em grupos maiores, os golpistas convencem as vítimas a aumentarem suas aplicações.
O que fazer: No Brasil, pirâmide financeira é crime, então o melhor é nem começar. Outro detalhe importante é a chave escolhida para o Pix. A recomendação é evitar divulgar em grupos de desconhecidos o CPF como chave. Pois a combinação do CPF com outros dados pode causar um grande estrago nas mãos de golpistas.
3- Autenticação em dois fatores: em relação à segurança para celular, talvez você tenha lembrado da autenticação em dois fatores. A verdade é que até isso os fraudadores conseguiram dar um jeito de burlar. O golpista entra em contato com a vítima se passando por membro do Ministério da Saúde realizando pesquisa sobre o coronavírus. Após realizar a falsa pesquisa o criminoso informa o envio de mensagem para autenticar as respostas.
A credencial é o próprio código de validação do WhatsApp. O usuário fornece a informação ao criminoso. Logo depois a chamada é encerrada e outra pessoa do grupo liga para a vítima se passando pelo suporte do WhatsApp informando alguma atividade suspeita.
O usuário é instruído a usar seu e-mail para resetar o código de autenticação. Enquanto isso, os golpistas entram em contato com o suporte do aplicativo, com informações da vítima solicitando alteração do código de verificação.
Se o usuário seguir adiante com o reset, a conta ficará desprotegida até a configuração de uma nova senha.
O que fazer: Desconfie. Como as principais armas dos fraudadores são o poder de convencimento e a desatenção das vítimas, fique atento. Dificilmente governo ou empresas vão ligar pra você pedindo informações pessoais.
Como proteger o celular
Não apenas golpes acontecem, como também um celular pode ser perdido ou roubado. E isso abre um caminho para que pessoas com más intenções se apoderem de seus dados pessoais. Tanto aparelhos de pessoas físicas quanto celulares usados em ambientes corporativos precisam de um cuidado minucioso.
Vazamentos de dados pessoais e corporativos são mais comuns do que parece. Procure usar senhas longas e aleatórias e jamais anote senhas em bloco de notas ou compartilhe em compartilhadores de mensagens. Quanto menos rastros você deixar, mais seguro estará.
Ferramentas extras de segurança como biometria, reconhecimento facial e dupla autenticação ajudam a criar uma camada adicional de proteção para celular.
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