O ano de 2020 passou como um verdadeiro teste sobre como uma sociedade inteira conseguiria utilizar a tecnologia para se adaptar ao caos de uma pandemia e mitigar os perigos ao máximo. Quem diria que as escolas e os alunos se adaptariam à educação a distância tão rápido? E os colaboradores ao home office?
Vários meses de 2021 já se passaram e as coisas não mudaram muito, mas já é possível mensurar as diferentes formas que a pandemia da Covid-19 afetou e continua afetando empresas e sociedade dos quatro cantos do mundo.
Plataformas de colaboração, telemedicina, aulas on-line, inteligência artificial executando funções antes humanas, essas e tantas outras mudanças surgidas por conta da pandemia estão remodelando o ambiente corporativo e as empresas. O que ninguém esperava é que muitas destas transformações estão se mostrando vantajosas e serão mantidas mesmo no pós-pandemia.
Mas, ao mesmo tempo, novas questões as quais até 2020 nós não dávamos tanta atenção emergiram exigindo ações imediatas para reduzir os riscos, como aconteceu com a segurança virtual.
Neste post, abordaremos mais detalhadamente sobre algumas mudanças advindas da pandemia, como educação a distância, home office, segurança móvel e virtual e como implementá-las com mais segurança e qualidade.
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Índice
Home office e educação a distância vieram para ficar
A transformação digital já vinha mostrando a todos que o home office poderia ser uma tendência global muito positiva tanto para as empresas quanto para os colaboradores. O que ninguém esperava é ter que aderir a ela de uma hora para outra como aconteceu no início de 2020.
Já a educação a distância, além de tão benéfica quanto o home office, acaba sendo também uma forma de expandir o ensino. É muito mais fácil para um aluno que vive em regiões remotas terminar um curso on-line do que se tivesse que se deslocar durante horas até chegar na instituição de ensino.
Mas, como dizem, nem tudo são flores, não é mesmo? Existem muitos obstáculos a serem reduzidos ou remediados para que estas duas modalidades funcionem com fluidez. Vamos discutir estas duas tendências a seguir:
Home office
De acordo com uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) realizada em setembro de 2020, cerca de 8 milhões de pessoas continuam trabalhando em home office, o que representa pouco mais de 10% da população brasileira que exerce alguma profissão.
Apesar de muitas empresas preferirem voltar ao trabalho presencial ou aderirem ao formato híbrido, a pesquisa CEO Outlook 2020, publicada anualmente pela KPMG, afirmou que 60% dos CEOs brasileiros e 68% dos globais disseram notar melhoras na comunicação com os funcionários durante a crise.
Mas esta não foi a única vantagem encarada pelo mercado corporativo, assim como muitos novos desafios também surgiram com a implementação apressada da modalidade. Vamos abordar alguns deles a seguir.
Desafios e vantagens do home office
A disparidade de opiniões tem sido bem grande. Muitas das pessoas que passaram a trabalhar em home office observam vantagens, como menos tempo gasto em trânsito, mais tempo com a família, possibilidade de fazer exercícios físicos ou atividades de lazer, entre outros.
Por outro lado, esta publicação do El País mostrou que 56% dos entrevistados encontram dificuldades na hora de equilibrar atividades profissionais e pessoais durante o trabalho a distância. O fato é que, principalmente para quem tem filhos, a jornada de trabalho duplicou e precisa ser dividida entre educação a distância, profissão e cuidados com a casa, entre outros.
Além disso, pelo fato de todas as atividades corporativas serem desempenhadas pela internet, 45,8% das pessoas disseram sentir um aumento da carga de trabalho durante o isolamento. Com as ferramentas de trabalho na palma da mão e a facilidade no acesso de dados, a jornada de trabalho acaba ultrapassando as 8 ou 9 horas de expediente.
Para as empresas, algumas vantagens são bastante positivas, mas, em comparação, os desafios são grandes.
Muitas das organizações têm notado uma ótima possibilidade de redução de custos com contas fixas. Algumas aproveitam esta economia para oferecer suporte aos colaboradores em home office: 9% têm oferecido ajuda de custo com a internet e infraestrutura de trabalho e 7% em serviços de Telecom, o que contribui na motivação e produtividade dos colaboradores.
Outro desafio está relacionado ao aumento dos perigos de vazamento de dados. Foram 3,4 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos de janeiro a setembro de 2020. E eles surgem de diversas direções, desde aplicativos de celular e redes sociais até reuniões em plataformas de videoconferência como o Zoom e o Microsoft Teams.
A pandemia intensificou o uso da internet, aumentando brechas e vulnerabilidades de sistemas e redobrando as preocupações em relação à segurança móvel e proteção de dados.
Educação a distância
Já imaginou o tamanho do prejuízo se toda a população brasileira fosse obrigada a ficar sem estudar durante a pandemia? Certamente o cenário de falências e desestruturação do ensino seria ainda pior.
E se as aulas presenciais fossem mantidas? As consequências da transmissão do vírus seriam ainda mais catastróficas.
O chamado de EAD, ou educação a distância, se mostrou uma alternativa fundamental para que instituições continuassem a funcionar e a sociedade pudesse se manter protegida.
O que acontece é que esta modalidade de ensino sempre foi encarada como uma atividade presencial que, por algum motivo, precisou ser transferida para o formato on-line.
Mas o que pouca gente sabe é que a educação a distância não precisa ser necessariamente uma cópia virtual da sala de aula. Com incentivos e investimentos adequados, ela pode se basear em uma série de tecnologias para tornar a experiência muito mais proveitosa, como vídeos, jogos, plataformas colaborativas e até mesmo simuladores virtuais.
É claro que a educação a distância, ao mesmo tempo que tem a possibilidade de expandir o ensino e possibilitar que milhares de alunos possam unir trabalho e estudos com mais facilidade, possui grande dificuldade de adesão pela população de baixa renda. Para que o EAD realmente possa se tornar uma realidade nos quatro cantos do Brasil, muitas iniciativas do governo ainda precisam ser criadas.
Mas estas não são as únicas dificuldades vivenciadas pelo setor de educação a distância. Assim como no home office, a segurança móvel e a proteção de dados são questões de grande preocupação entre empresas e gestores.
Segurança da informação e educação a distância
Segundo um levantamento realizado pela Navita, na qual utilizou cerca de 20 mil dispositivos móveis, o aumento de download de aplicativos de comunicação aumentou 251% em 2020. Em relação aos downloads de ferramentas de produtividade, como leitor de documentos em PDF, editor de textos, aplicativos de conversação, entre outros, o aumento na procura e nos downloads cresceram 189%.
O mesmo levantamento da Navita mostra mais um comportamento da sociedade adquirido no ano passado: 39 dos clientes da empresa, de diversos setores, diminuíram em 80,42% seus custos corporativos com ligações! Ao mesmo tempo, houve um aumento de 20,67% nos custos corporativos com dados móveis.
Dá para notar que, tanto para home office quanto para educação a distância, os celulares e tablets se tornam cada vez mais protagonistas da produtividade da sociedade. No entanto, este aumento súbito de utilização de dispositivos móveis para trabalho ou ensino levantam outro alerta: eles precisam atender às normas da LGPD e conter políticas de segurança móvel e proteção de dados.
Nestes casos, unir segurança da informação com funções da gestão de mobilidade corporativa, como restrição de apps, por exemplo, são estratégias que podem garantir a proteção dos equipamentos e dados pessoais e corporativos.
A gestão de mobilidade para o EAD e home office
Como já deve ter ficado claro até agora, a digitalização da educação e do trabalho é uma macrotendência tanto agora quanto no futuro, e estará cada vez mais envolvida na realização de projetos, o que acaba gerando novas demandas no mercado.
Além disso, muitas empresas fornecem dispositivos móveis para os colaboradores. E eles, para dar conta das novas necessidades impostas pela pandemia, acabam usando as ferramentas para outras funcionalidades ou até mesmo emprestando para que os familiares possam acompanhar as aulas da educação a distância.
A segurança móvel é uma preocupação constante, porque, se não executada com frequência, aumenta as brechas para ataques cibernéticos e vazamento de dados, o que pode acabar com a credibilidade da empresa, entre outros prejuízos. Outro desafio para as empresas que emprestam dispositivos é que os custos com Telecom e dados podem aumentar se medidas não forem tomadas.
Como ter certeza de que os colaboradores e alunos utilizam a internet de forma responsável? Como evitar ataques por meio de aplicativos desatualizados? Como controlar os gastos de Telecom de todos os dispositivos móveis? E como implementar políticas de segurança nas ferramentas de todos os funcionários?
Definitivamente estas funções de monitoramento e atualização poderiam ser desempenhadas pela equipe de TI, mas será que ela consegue dar conta de tantas demandas extras?
É aí que a gestão de mobilidade surge como uma alternativa eficiente e segura, pois oferece funções como restrição de apps, atualização e implementação de políticas de segurança móvel à distância, entre outros.
Dessa forma, a empresa tem a certeza de que os dispositivos móveis estão em pleno funcionamento e de acordo com as regras de compliance e da LGPD. Ao mesmo tempo, as equipes de TI podem focar na segurança da informação do restante da infraestrutura, estando disponíveis para questões mais estratégicas e desafiadoras.
Funções da gestão da mobilidade que beneficiam empresas
O uso de dispositivos móveis pelas empresas não é uma atividade nova, mas, nos últimos anos, e principalmente durante a pandemia, aumentou muito. A segurança móvel, que até pouco tempo era executada sem grandes problemas, hoje em dia passou a ser uma estratégia importante de proteção de dados e controle de custos.
Para empresas que continuam em home office, a gestão da mobilidade aparece como ação ainda mais importante, porque os mesmos dispositivos móveis podem ser usados também para educação a distância e outras necessidades.
Mas quais funções levam benefícios às empresas?
Restrição de apps
Esta é uma das funções mais importantes da gestão da mobilidade para educação a distância e home office. Por meio da restrição de apps é possível definir quais aplicativos, sites, downloads, áudios, etc. são realmente seguros e não colocarão os dados da empresa ou instituição em perigo.
Configurações e políticas de segurança
Quanto mais dispositivos móveis sendo utilizados para trabalho, mais difícil se torna o monitoramento das estratégias de proteção de dados e segurança móvel. Algumas empresas no mercado já oferecem soluções que automatizam a configuração de dispositivos, permitindo o envio de políticas e configurações de maneira remota. Além de reduzir o tempo gasto com suporte, a empresa passa a garantir que o dispositivo esteja de acordo com as regras da empresa.
Segurança da Informação
Algumas soluções de gestão da mobilidade oferecem configurações segundo as políticas corporativas de segurança móvel e da informação, além de conseguirem se adaptar às estratégias de adequação à LGPD da empresa. Além disso, é possível controlar o navegador para garantir uma navegação segura, executar restrição de apps ou endereços e configurar aplicativos, mesmo a distância e sem impactar a produtividade do colaborador.
Como vimos no post acima, a pandemia foi a causadora de uma intensa aceleração da transformação digital. Este fato, ao mesmo tempo em que traz muitas vantagens para a sociedade, apresenta novos desafios que precisam ser analisados o mais rápido possível.
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