Telecom: O que é?

A inovação faz o mundo girar e algumas indústrias estão mais expostas a esse fato do que outras. Sendo assim, o setor de Telecom é um exemplo claro de um setor para o qual a inovação é uma questão de vida ou morte. As mudanças acontecem de forma tão rápida quanto profunda.

Por isso, as telecomunicações são a base de um setor com crescimento acelerado. De acordo com a Insight Research, a receita de serviços de telecomunicações em todo o mundo aumentou de US $ 2,2 trilhões em 2015 para US $ 2,4 trilhões em 2019.

Devido à expressividade que estas tecnologias ganham a cada dia, é importante estar por dentro de tudo o que acontece neste mercado.

Afinal, já parou para pensar como teríamos enfrentado o período de isolamento social provocado pela pandemia do Covid-19 em todo o mundo sem as telecomunicações?

O que é Telecom?

As telecomunicações, ou Telecom, são o nome do sistema que permite a troca de informações por distâncias significativas através de meios eletrônicos e pode se referir a todos os tipos de transmissão de voz, dados e vídeo.

Esse é um termo amplo que inclui uma extensa gama de tecnologias de transmissão de informações. Desta forma, Telecom pode referir-se a telefones (com e sem fio), fibra ótica, satélites, transmissão de rádio e televisão, internet e até os antigos telégrafos.

Apesar das chamadas telefônicas tradicionais serem a tecnologia mais facilmente associada a este mercado, o Telecom atualmente pode ter muito mais a ver com a transmissão de dados do que com voz.

Portanto, mensagens de texto, e-mails, streaming de vídeos e até o acesso à internet de alta velocidade para aplicativos de dados, como serviços de informações em banda larga e entretenimento interativo são difundidos através de redes de telecomunicações.

A história dos serviços de Telecom – como as tecnologias de comunicação surgiram e evoluíram?

Para entender as telecomunicações e quais rumos seu futuro poderá tomar, é preciso ter um breve histórico de como tudo começou.

A história das telecomunicações traça um paralelo à história da própria comunicação humana. Por isso, métodos não eletrônicos como os próprios sinais de fumaça ou até mesmo os pombos correio podem ser inseridos nesta linha do tempo.

Isto acontece porque o conceito central das telecomunicações – comunicação à longa distância – sempre foi um interesse da humanidade.

Em Ilíada, de Homero, o autor chega a descrever como os gregos antigos utilizavam o fogo e a fumaça para se comunicar com vizinhanças próximas. Na África e Ásia, tambores marcaram o princípio dos métodos de comunicação auditiva a longa distância.

Todos estes métodos eram baseados em comunicação codificada, ou seja, o soar dos tambores ou padrões de fumaça precisavam ser decodificados para que a mensagem pudesse ser compreendida pelo receptor.

Mas a verdadeira ruptura ocorreu em 1451, com o advento da comunicação de massa. Johann Gutenberg, um alemão, inventou a prensa de impressão.

Esta tecnologia introduziu conceitos que nós associamos com a internet hoje: a comunicação de um para muitos, a facilidade na reprodução de discursos e a mobilidade da informação.

A história das telecomunicações é uma história sobre evolução, e muitas vezes, em outras indústrias, o processo era incremental.

Em 1790, o engenheiro francês Claude Chappe construiu o primeiro sistema ótico de comunicação, e este meio tornou-se muito popular até que o advento da eletricidade mudasse todo o jogo.

Então, 50 anos após a invenção de Chappe, Samuel Morse e seus colegas criaram o telégrafo, que transmitia impulsos elétricos. Logo, em meados de 1857, o Código Morse e os fios de telégrafo se espalharam pelos Estados Unidos e até pelo oceano.

Nesta altura, a comunicação a distância em tempo real finalmente havia se tornado uma realidade.

Em decorrência disso, surgiu o telefone, em 1876; mas só nos anos 1940 ele se tornou um dispositivo doméstico. Este acontecimento tornou as telecomunicações pessoais. A invenção de Alexander Graham Bell finalmente transmitia a voz humana!

A jornada das telecomunicações modernas é traçada não somente por grandes marcos principais, mas também por ideias que estavam a frente de seu tempo. A primeira chamada sem fio, por exemplo, aconteceu em 1880. Entretanto, esse avanço não se popularizou instantaneamente.

Por fim, de os primeiros 40 mil anos foram uma caminhada metódica, os últimos 30 anos foram uma arrancada veloz no setor. Da internet aos smartphones, dos smartwatches aos e-mails, das mensagens de texto às chamadas de vídeo, todos conhecemos este capítulo mais recente porque fizemos parte dele.

O que pode ter fugido a nossos olhos, contudo, é que as telecomunicações já mudaram novamente: da comunicação entre humanos à comunicação entre máquinas. Vivemos em um mundo onde dispositivos conectados a internet estão constantemente se comunicando uns com os outros. Inclusive, frequentemente, estão falando sobre nós.

A revolução constante na indústria de Telecom

Historicamente, os serviços de Telecom lucravam vendendo comunicação de voz por minuto, depois viabilizavam o acesso às redes através da comunicação multicanal (a comunicação de voz se tornava gratuita), e hoje são provedores de conteúdo.

Então, o que vem a seguir? Que nova tecnologia transformará esse modelo de negócio?

No setor de Telecom, onde o ciclo de vida do produto é extremamente curto, a inovação se tornou uma necessidade e não uma opção. As empresas de telecomunicações precisam desenvolver tecnologias de ponta para sustentar a organização, sistematização e eficiência.

Eles precisam ser altamente reativos, e cada tecnologia em potencial deve ser avaliada, discutida e integrada o mais rápido possível. Além disso, toda a economia depende da criação de uma infraestrutura de telecomunicações dinâmica, competitiva e inovadora. Neste contexto, ficar parado significa recuar.

Por isso, existem grandes dificuldades e desafios neste cenário. Mesmo que telecomunicações estejam constantemente inovando e transformando a maneira como trabalhamos e os produtos oferecidos, a principal preocupação é como manter-se um passo à frente dos concorrentes em um ambiente estridente.

A inovação, portanto, desafia a convergência tecnológica e possui as chaves para o crescimento futuro dos negócios neste setor.

De acordo com o estudo “O paradoxo da inovação no setor de telecomunicações ” realizado pela IBM, 80% dos tomadores de decisão de Telecom reconhecem a importância de colaborar com uma ampla gama de parceiros externos, pois 51% das tecnologias que desenvolvem vêm de fontes externas.

Portanto, expandir os horizontes da inovação e desafiar os limites da colaboração significa estar aberto a tecnologias que podem ser adquiridas externamente. Para gerenciar este mix de tecnologia com estratégia, é preciso pensar globalmente e agir rapidamente.

Grande parte das empresas de Telecom já definiram sua estratégia nessa direção. Em decorrência disto, elas se tornaram muito mais do que apenas provedores.

Dispositivos também estão seguindo esta tendência, como o caso da Siri, a assistente de voz inteligente. A Siri foi adquirida pela Apple em 2010 e integrada no iPhone 4S com 2 benefícios imediatos: a integração dentro de 6 meses e o fato de que nenhuma outra plataforma concorrente poderia desenvolver o recurso.

Devido ao grande número de iniciativas, as empresas estão tendo problemas para gerenciar estes ricos fluxos de ideias. Ideias externas são comunicadas às organizações de maneira muito informal por e-mail, telefone e plataformas.

Em seguida, para avaliar a ideia apresentada, existem várias trocas de e-mails e reuniões que levam ou não a uma decisão de desenvolver a nova tecnologia. Como não há processo coordenado, muitas vezes há redundância e perda de informações relevantes. Esse processo é ineficiente e demorado.

Toda nova tecnologia representa uma vantagem competitiva e a inovação se tornou crucial no setor de telecomunicações.

A adoção da inovação aberta (projetos internos com ideias e tecnologias externas) e a aquisição sistemática de tecnologias desenvolvidas externamente é a principal estratégia que as empresas de Telecom devem ter para estar na vanguarda da indústria.

Tudo o que você precisa saber sobre o setor de Telecom no mercado

Para entender as expectativas que o mercado tem sobre as empresas de Telecom, é preciso compreender quais são as segmentações desta indústria.

Quais são os principais segmentos da indústria de Telecom?

A indústria de Telecom consiste em três subsetores básicos: equipamentos de telecomunicações, serviços de telecomunicações e comunicação sem fio.

Os principais segmentos desses subsetores incluem:

  • Comunicações sem fio;
  • Equipamentos de comunicação;
  • Sistemas e produtos de processamento;
  • Operadoras de longa distância;
  • Serviços de telecomunicações domésticas;
  • Serviços de telecomunicações internacionais;
  • Serviços de comunicação diversificados.

A área de crescimento mais rápido do setor, é a comunicação sem fio, à medida que mais e mais métodos de comunicação e computação são desenvolvidos para dispositivos móveis e tecnologia baseada em nuvem.

Esta parte da indústria é o alicerce previsto para a expansão global contínua do setor de telecomunicações.

Portanto, ainda há amplo espaço para crescimento, mesmo em países desenvolvidos: a partir de 2018, a Federal Communications Commission (FCC) informou que aproximadamente um quinto da população rural americana ainda não tem acesso às redes de banda larga, por exemplo.

Quais são as expectativas do mercado para este setor?

Olhando para o futuro, o maior desafio do setor é acompanhar a demanda das pessoas por conectividade de dados mais rápida, maior resolução, transmissão de vídeo mais rápida e amplas aplicações em multimídia.

Atender às necessidades das pessoas por conexões mais rápidas e melhores à medida que elas consomem e criam conteúdo requer bastante investimento. As empresas que podem atender a essas necessidades prosperam.

Por outro lado, as empresas de Telecomunicações, como outras formas de serviços públicos, geralmente operam com bases de clientes estáveis e protegidas da concorrência, devido à dificuldade do surgimento de novos players neste mercado.

No entanto, a natureza dinâmica das comunicações já aniquilou a demanda por telefones fixos tradicionais e forçou a reinvenção do setor, com foco em sistemas de telefonia móvel e baseada na internet.

Isso permitiu às empresas de Telecom incorporar a nova tecnologia e crescer rapidamente, à medida que os consumidores compram os equipamentos mais recentes.

Redes 5G: a próxima geração do Telecom

A crescente demanda por conectividade de alta velocidade promoveu a necessidade da próxima geração de redes.

Quais são as principais diferenças entre as redes 4G e as redes 5G?

A rede 4G é centrada no aplicativo, enquanto a rede 5G é centrada no usuário. Essa diferença na arquitetura permitirá melhorias em vários aspectos, incluindo a capacidade de comunicação e a taxa de transmissão de dados.

Além disso, a rede 5G possui menor custo de conectividade e atraso de ponta a ponta, o que fornece uma experiência aprimorada ao usuário que a rede 4G.

Sendo assim, as redes 5G são a mais recente tecnologia de conectividade móvel à Internet, e oferecem velocidades mais rápidas e conexões mais confiáveis ​​em smartphones e outros dispositivos conectados.

Combinando tecnologia de ponta e os mais recentes dispositivos, o 5G deve oferecer conexões que são muito mais rápidas, se comparadas a tecnologia móvel anterior.

Com isso, a expectativa é que as redes incentivem a exploração da IoT (Internet of Things), fornecendo a infraestrutura necessária para transportar grandes quantidades de dados que permitirão um mundo mais inteligente e conectado.

As redes 5G foram lançadas em todo o mundo com provedores que oferecem a tecnologia de conectividade.

Embora a programação de lançamentos tenha acontecido a passos mais tímidos devido ao surto da Covid-19, as redes ainda estão se expandindo e as operadoras continuam com seus planos de modernizar suas infraestruturas e disponibilizar o 5G em novas áreas.

5G no Brasil

No Brasil, alguns impasses políticos, comerciais e legislativos tornaram o processo de implementação das redes 5G muito mais lento, mas a previsão é que em 2022 e transição entre a quarta e a quinta geração de telefonia móvel já esteja disponível.

Contudo, o 5G DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês), uma “prévia” do 5G tradicional já chegou em São Paulo e no Rio de Janeiro através de uma operadora de telefonia móvel.

Mas o serviço ainda não opera faixas que serão usadas pelo 5G, porque elas dependem de um leilão que será realizado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Este movimento está previsto para acontecer apenas em 2021.

Quais são as tendências em Telecom para os próximos anos?

As empresas de telecomunicações estão se preparando para alguns dos maiores avanços tecnológicos que o setor tem visto em anos. Tendências como a revolução 5G e o avanço da Internet das Coisas (IoT) remodelarão o setor de telecomunicações e forçarão a inovação em grande escala.

Inteligência Artificial

A Inteligência Artificial no setor de Telecom abrange uma infinidade de áreas de foco. O atendimento ao cliente e a otimização da rede estão no topo dessa lista.

Segundo a IDC, 63% das empresas de telecomunicações estão investindo em sistemas de IA este ano. A análise preditiva é um dos recursos mais promissores da tecnologia de Inteligência Artificial, especialmente para a comunidade de Telecomunicações.

A análise baseada em IA fornece às empresas de Telecom a capacidade de usar software de aprendizado de máquina e dados para prever tendências futuras do setor e possíveis obstáculos à infraestrutura, além de avaliar continuamente seus serviços quanto a erros ou possíveis armadilhas.

Além disso, chatbots e assistentes virtuais baseados em IA transformarão a maneira como as empresas lidam com o atendimento ao cliente. Eles podem automatizar conversas e imitar com êxito a fala humana, enquanto extraem dados e insights para fornecer experiências personalizadas e positivas.

O líder técnico Mark Hurd acredita que 85% das interações com os clientes serão automatizadas nos próximos anos.

Big Data

As empresas de Telecom lidam com um alto volume de dados de dispositivos móveis, aplicativos para smartphones e muito mais. Mas as empresas que usarem isto como vantagem competitiva só tendem a prosperar no mercado.

Portanto, os principais players do setor de Telecom precisam garantir que as redes possam mover quantidades extraordinárias de dados com eficiência.

Por fim, os dados coletados podem ser usados ​​para avaliar novos produtos, fornecer melhor atendimento ao cliente, bem como monitorar e otimizar a rede.

IoT e cidades inteligentes

A Internet of Things (IoT) consiste em uma rede de dispositivos conectados, capazes de se comunicar entre si e que podem ser controlados e monitorados remotamente. Até 2025, haverá cerca de 30 bilhões de dispositivos IoT conectados em todo o mundo, muitos dos quais serão conexões industriais, um componente essencial de cidades inteligentes.

As cidades inteligentes dão um passo à frente na IoT, criando uma rede interconectada que os residentes podem acessar on-line, geralmente por meio de um aplicativo móvel.

Uma rede como essa fornecerá canais de dados e comunicação que permitem aos usuários gerenciar melhor suas atividades no dia a dia, desde corresponder diretamente com seu governo até encontrar instantaneamente uma vaga de estacionamento em um dia agitado.

O principal objetivo das cidades inteligentes é criar uma melhor qualidade de vida para seus cidadãos, simplificando serviços urbanos como energia e transporte por meio de tecnologia inteligente.

No entanto, antes da promessa das redes 5G, os especialistas não podiam prever a capacidade de suportar a quantidade de dados que uma cidade verdadeiramente conectada geraria. Agora que o 5G está no horizonte, as principais áreas urbanas correrão para serem as primeiras a introduzir sua própria cidade inteligente.

Ecossistemas diversificados

Assim como os ecossistemas funcionam na natureza, os ecossistemas industriais são uma rede de organizações que trabalham juntas para criar uma indústria mais forte e avançada. O setor de Telecom verá um passo em direção à criação desses ecossistemas lucrativos.

De acordo com um relatório recente da Accenture, os ecossistemas desbloquearão US$ 100 trilhões em valor durante os próximos 10 anos, desbloqueando a agilidade competitiva. As empresas de Telecom têm o maior potencial de se unir e formar essas alianças.

Os líderes da indústria concordam, com 83% citando os ecossistemas como uma parte importante de sua estratégia de disrupção.

A introdução de redes IoT, apoiada em recursos 5G, tornará isso ainda mais fácil e permitirá que as empresas colaborem sem interrupções para avançar essas tecnologias em suas redes.

O setor de telecomunicações é um centro vital para a adoção de tecnologias de ponta. Com a integração de tecnologias de IA, redes 5G e IoT, as organizações de telecomunicações continuarão na vanguarda do crescimento tecnológico.

O impacto do Covid-19 no setor de Telecomunicações

As Telecomunicações quase nunca são percebidas de forma positiva pelas pessoas. Em geral, estar conectado é apenas algo inerente ao nosso dia a dia.

A lembrança surge quando algum serviço apresenta mau funcionamento, quando uma cobrança é indevida ou quando o atendimento é inadequado. Portanto, é esta lembrança negativa que marca o setor.

Mas você já parou para pensar como enfrentaríamos o surto do novo Coronavírus sem os serviços de Telecom? A conectividade oferecida pelas Telecomunicações foi o pilar para que as organizações e instituições de ensino mantivessem o ritmo, mesmo em meio a uma pandemia que tem como princípio para seu enfrentamento o isolamento social.

As lições aprendidas até o momento são que, na maioria das vezes, os provedores de serviços estavam bem equipados para atender ao aumento de 30% a 40% na demanda de largura de banda em suas redes, devido à adaptação na rotina de milhões de pessoas que passaram a trabalhar e estudar em suas casas.

Entretanto, com os casos de coronavírus ainda em alta, há uma quantidade cada vez maior de incertezas sobre como os provedores de serviços e seus clientes corporativos se ajustarão daqui para frente.

Como as empresas já fornecem conectividade de rede e soluções de negócios para clientes finais, os provedores de serviços precisam mudar sua atenção para fornecer melhores soluções e aplicativos domésticos.

Parte desta atenção se deve ao fato de que não sabemos quando as pessoas voltarão a trabalhar nas estruturas físicas dos escritórios e nem quantas pessoas sequer voltarão, quando a transição começar a ocorrer.

Este retorno diz respeito a questões culturais da organização, à forma como seu quadro de colaboradores está distribuído e a quantos deles precisam se deslocar para, de fato, realizar seu trabalho.

Para Ray Watson, da Masergy Communications, o setor de Telecom está na terceira fase da pandemia do Covid-19, mas ele disse que a terceira fase pode levar de três a 15 meses.

Na terceira fase, resta ver quantos dos milhões de funcionários que trabalham em casa retornarão aos seus escritórios.

Uma pesquisa realizada pela Masergy, provedora de serviços gerenciados, revelou que 93% dos CTOs, CIOs, CMOs e CFOs disseram que enxergam pelo menos 30% de aumento em trabalhadores remotos, e 97% diz que todos os seus colaboradores demonstram interesse em trabalhar remotamente durante parte da semana.

A maioria das pessoas foi jogada de maneira abrupta nessa situação de trabalho remoto. A primeira fase foi apenas 100% de resposta a incidentes de emergência. Basicamente, retirando água do barco para que ele não afunde.

Entramos na fase dois, nesse período intermediário que parecia que isso poderia se tornar a nova rotina por um período indeterminado. Agora estamos na fase três, que é realmente aceitação e racionalização. A maioria dos CIOs e CTOs percebe que vamos olhar para uma situação muito semelhante a essa por algo entre 3 a 15 meses.

Esta fase vem com muita ambiguidade. Embora a indústria de Telecom saiba que existem prazos para as temporadas de furacões e ciclones, por exemplo, ninguém sabe ao certo como as empresas e a indústria de Telecomunicações se recuperarão da pandemia de Coronavírus, por se tratar de um período realmente único e inédito.

A ambiguidade da terceira fase leva a desafios adicionais para as organizações e equipes de TI, uma vez que 59% dos funcionários se sentem desmotivados enquanto trabalham remotamente, o que coloca pressão adicional sobre gerentes e equipes de tecnologia para ajudar a promover novas formas de colaboração, segundo a pesquisa de Masergy.

Em contrapartida, a pandemia de coronavírus moveu a esfera da transformação digital das Telecomunicações ainda mais. Aqueles que já começaram a trabalhar em suas transformações digitais se saíram bem em comparação aos negócios que ainda contavam com soluções legadas.

Usando aplicativos baseados na nuvem e inventários on-line para pedidos e captadores móveis, as empresas digitalizadas conseguiram se adaptar rapidamente aos serviços sem contato.

Como você pode operar sua rede de qualquer lugar, você tem muita visibilidade e muitas ferramentas que são bastante automatizadas. Vemos pessoas que estão dobrando a digitalização e dobrando as iniciativas na nuvem, porque é tornando-se cada vez mais evidente que aqueles que estão fazendo isso estão tendo sucesso.

Isso garante que o impacto do Covid-19 evoluirá o setor de Telecom, que manteve o “mundo girando” durante o período mais crítico da pandemia.

O que esperar do setor de Telecom na era pós Covid-19?

De acordo com Emma Mohr-McClune, diretora de serviços de tecnologia da GlobalData, o mercado global de Telecom enfrentará desafios de vendas devido ao fechamento de lojas de varejo e à interrupção da cadeia de suprimentos.

As linhas de suporte ao cliente também serão afetadas, pois é necessário que a equipe do call center trabalhe em casa sempre que possível. Os leilões e lançamentos de espectro 5G estão enfrentando atrasos em vários países, como também é o caso do Brasil.

Entretanto, a longo prazo, as perspectivas permanecem positivas, pois a conectividade segura se tornará, ainda mais, uma necessidade crítica ao redor do mundo. Saindo do Covid-19, milhões de usuários em todo o mundo estarão mais conectados e familiarizados com as ferramentas digitais.

As redes de Telecom adquiriram experiência em primeira mão no gerenciamento dinâmico de tráfego de rede, enquanto as empresas têm compreendido melhor os desafios do home office.

A necessidade de serviços de saúde baseados em bots, preditores de vírus biométricos e ferramentas de gerenciamento de saúde da Inteligência Artificial ​​fornecerá novos casos de uso e justificativas de investimento para o 5G.

A situação desenvolve um ambiente propício para inovação das Telecomunicações em IA e Machine Learning, e um catalisador para ecossistemas de inovação de aplicativos e soluções.

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