Farmacêutico

Assim como tem acontecido em todas as outras áreas do mercado mundial, a indústria farmacêutica também está passando pela transformação digital. Apenas a procura pela tecnologia adequada e o investimento necessário são capazes de garantir as vantagens como redução de custos, automação de processos, qualidade e agilidade que o mercado precisa para evoluir.

No meio deste processo de transformação, um desafio: ninguém esperava enfrentar, de uma hora para outra, uma crise de proporção mundial, que iria acelerar as estratégias digitais de forma tão abrupta.

Segundo esta pesquisa da GlobalData, dos profissionais da indústria farmacêutica entrevistados, 35% acreditam que a pandemia da COVID-19 acelerou a transformação digital da área em cinco anos. Em relação aos entrevistados que vivem na Europa e América do Norte, 40% afirmaram que a transformação digital foi acelerada em mais de cinco anos.

A mesma pesquisa ainda destacou que, até então, o mercado farmacêutico havia sido lento em abraçar a digitalização, principalmente por conta de fatores externos, como carga regulatória, expiração de patentes e reformas tributárias. 

Contudo, a pandemia surgiu e obrigou o mercado a investir em inovação e ferramentas digitais, e a indústria farmacêutica mostrou-se apta a abraçar as mudanças assim que a primeira pressão surgiu. 

No post a seguir abordaremos o tema transformação digital na indústria farmacêutica com mais detalhes e informações que podem ser úteis para quem está vivendo os mesmos desafios atualmente. Acompanhe!

Indústria farmacêutica: um setor tecnológico

Cada vez mais empresas não especializadas em tecnologia buscam conhecimentos em transformação digital e novas plataformas para evoluir os seus serviços. Como abordamos na introdução, a indústria farmacêutica não é diferente. 

O setor tem apostado em automação tecnológica para garantir a segurança de dados, reduzir custos e, assim, evoluir os negócios. Além disso, a utilização da tecnologia para processos e o investimento em novas ferramentas de gestão não só garantem a produtividade dos colaboradores do setor, como ainda criam novas formas de entregar serviços e tornar a relação com o consumidor mais próxima. 

Hoje, o desenvolvimento tecnológico já alcança todo o setor farmacêutico e, graças à tecnologia, é possível contar com a ajuda de softwares de gestão no laboratório, na indústria, no departamento financeiro e até mesmo na área de vendas.

É claro que a COVID-19 não será mais um desafio daqui a alguns anos, mas, assim como a indústria farmacêutica mostrou-se apta a inovar e buscar os benefícios da tecnologia no curto prazo, é necessário entender como todo este aprendizado será mantido nos próximos anos. 

As vantagens têm sido imediatas, o que demonstra que as oportunidades futuras poderão ser ainda maiores se pensadas e investidas com assertividade e conhecimento.

Vamos ilustrar agora quais estratégias de transformação digital têm sido importantes para viver os desafios do momento atual e que iniciativas podem ser importantes também para o futuro.

Quais são os principais recursos da transformação digital que são favoráveis para a indústria farmacêutica?

Cloud Computing

Quem pensa nesta tecnologia apenas como o bom e velho armazenamento de dados ainda possui uma visão bastante ultrapassada. A Cloud Computing é uma das tecnologias mais importantes para a modernização de qualquer setor e a primeira escolha de qualquer empresa que quer potencializar os negócios quando o assunto é transformação digital. 

A indústria farmacêutica como um todo é movida por Big Data. E os departamentos de pesquisa e desenvolvimento de área precisam de tecnologias que permitam análises e insights rápidos e eficientes, grandes benefícios proporcionados pela Cloud Computing.

Mas eles não são os únicos. A tecnologia em nuvem ainda oferece:

Escalabilidade: em certas situações, as necessidades de armazenamento podem ser expandidas de uma hora para outra. Sem a tecnologia adequada, as ferramentas e plataformas utilizadas podem não suportar as enormes cargas de dados que trafegam entre elas. A Cloud Computing é perfeita para esta questão porque a otimização de nodes da tecnologia permite que os recursos de computação, memória e armazenamento sejam aumentados sempre que houver demanda.

Dimensionamento de armazenagem: profissionais da indústria farmacêutica precisam estar seguros de que todos os dados estejam protegidos em alguma infraestrutura. Em um setor no qual os conjuntos de dados podem se acumular rapidamente, a capacidade de dimensionar espaço de armazenamento é um diferencial incrível. 

Backup e segurança de dados: apenas uma política robusta de backup é capaz de proteger dados críticos, mas um bom fornecedor de nuvem ainda garante serviços de replicação de dados e disaster recovery. Além disso, algumas provedoras de nuvem ainda oferecem criptografia de nível empresarial e o que há de mais atual em segurança da informação. 

Conectividade: na indústria farmacêutica, e principalmente em momentos de crise como a vivida atualmente, a colaboração é a estratégia chave para o compartilhamento de informações capazes de impulsionar a inovação e promover pesquisas e descobertas clínicas. Além disso, a nuvem ainda melhora a conectividade entre laboratórios e a conexão para acesso a dados de pesquisa e centros acadêmicos.

Compliance: ao adotar serviços baseados em nuvem de provedoras experientes no mercado, a indústria farmacêutica melhora a adequação ao compliance regulatório, pois a tecnologia oferece total conformidade com as regulamentações federais necessárias.

Big Data

A tecnologia de análise de dados tornou-se, com o passar dos anos, estratégia crucial para empresas que querem melhorar os negócios, seja conhecendo melhor o perfil dos clientes ou, no caso da indústria farmacêutica, identificando padrões, testando teorias, compreendendo a eficácia dos tratamentos, etc. 

Entre as variadas áreas da indústria farmacêutica que aproveitam os recursos de transformação digital como Big Data, podemos citar:  

Descoberta de novos medicamentos: a análise de big data tem sido, talvez, a alternativa mais eficiente no desenvolvimento e descobrimento de novas drogas e vacinas. O método tradicional de testar eficácia e segurança envolve testes físicos e todos os investimentos de recursos e tempo necessários para sua execução. A análise de dados oferece uma modelagem preditiva, que permite que os pesquisadores prevejam interações medicamentosas, toxicidade e inibição, acelerando e barateando todo o processo. 

Testes clínicos e medicina de precisão: a única forma de descobrir se determinada droga ou tratamento são realmente eficazes e seguros em seres humanos é por meio dos testes clínicos. Este processo é longo e difícil, porque precisa de voluntários específicos para que o teste possa realmente funcionar. O big data, então, auxilia no recrutamento de pacientes adequados, usando dados genéticos, traços de personalidade e estado da doença, o que potencializa a taxa de sucesso do medicamento. Em relação à medicina de precisão, a análise de dados como composição genética e padrões de comportamento, por exemplo, ajudam no desenvolvimento de medicina personalizada para indivíduos ou estilos de vida específicos. 

Pesquisa e desenvolvimento: dados podem ser capturados de inúmeras fontes diferentes, desde sensores em IoT até mídias sociais, por exemplo. As indústrias farmacêuticas que investem em análise de dados conseguem, por meio da coleta de grandes volumes de dados, gerar análises informativas com potencial de beneficiar a pesquisa e o desenvolvimento. 

Marketing e vendas: Assim como acontece em outros setores do mercado, a concorrência é um desafio constante para a indústria farmacêutica, principalmente com a grande popularidade dos remédios genéricos. Os departamentos de marketing e vendas, então, estão cada vez mais apostando na análise de dados para identificar novos mercados e problemas de atendimento e reverter a situação. Com a coleta de dados de mídias sociais, dados demográficos, registros médicos eletrônicos e outras fontes, o mercado farmacêutico ainda pode analisar a eficácia dos esforços de vendas e tomar decisões importantes em suas estratégias de marketing e vendas.

Mobilidade corporativa 

Não é uma novidade afirmar que dispositivos móveis como tablets e smartphones se tornaram uma importante ferramenta de trabalho. O que nem todos sabem é que eles têm contribuído para aumentar em até 40% a produtividade e a performance dos profissionais de todas as áreas, inclusive os da indústria farmacêutica. 

Além disso, a utilização de tablets e smartphones, junto com aplicativos e ferramentas para realizar atividades diárias, podem capacitar equipes de venda e permitir que os medicamentos cheguem rapidamente e em segurança ao seu destino. 

Em outras palavras, os dispositivos móveis deixaram de ser apenas aquele aparelho para receber ligações e mandar mensagens. Agora eles funcionam como ferramenta de logística, pesquisa e consulta de dados, monitoramento de voluntários em testes clínicos, acompanhamento de colaboradores em serviços externos, entre tantas outras funções correlatas ao mercado farmacêutico.  

Entre as funcionalidades da transformação digital que envolvem mobilidade corporativa e são capazes de beneficar a indústria farmacêutica, podemos citar:

BYOD: a técnica, que em inglês se chama Bring Your Own Device, ou Traga seu Próprio Dispositivo, desenvolve estratégias pensadas na melhor configuração de utilização dos dispositivos e em como proporcionar mais comodidade para os usuários e maior redução de custos para as empresas. 

O BYOD é realmente uma iniciativa vantajosa, porque a empresa evita os gastos com infraestrutura e treinamentos de utilização dos dispositivos, já que os próprios colaboradores é que escolhem as ferramentas que usam. Mas algumas questões são bastante complexas, como a proteção dos dados corporativos salvos no dispositivo, controle de horas realmente trabalhadas, risco de invasão de vazamento de dados, entre outros.

Por isso, para quem escolhe o BYOD, é necessário balancear a estratégia com outras soluções de gestão de mobilidade corporativa, como o MDM e EMM, por exemplo. Outro ponto positivo de investir em gestão de mobilidade corporativa é que a indústria farmacêutica acaba recebendo outros benefícios bastante vantajosos para as diversas áreas de atuação, principalmente na força de vendas. 

Vamos discutir todas estas funcionalidades a seguir.

Como gerenciar a mobilidade corporativa da equipe de vendas na indústria farmacêutica? 

A rotina de uma equipe de vendas em uma indústria farmacêutica é bastante dinâmica. Esta característica exige que seus representantes comerciais tenham ferramentas disponíveis e que funcionem com eficiência, pois são essenciais para o desenvolvimento de suas atividades. 

Nestes casos, o uso de dispositivos móveis pode garantir mais produtividade e ser a solução na busca por melhores serviços e resultados. Contar com um aplicativo de rotas de visitas ou de sistema de inserção de pedidos de compra, por exemplo, pode descomplicar a rotina do vendedor.

Quando falamos de uma grande indústria, que investe em muitos aparelhos, a gestão destes dispositivos é o fator que mais pode fazer a diferença na rotina e produtividade do colaborador. O aplicativo parou de funcionar. E agora? Temos um erro no sistema. O que fazer? Fui furtado. Tem solução? Como e quem pode resolver todos esses problemas?

Com uma plataforma de EMM – Enterprise Mobility Management ou Gestão de Mobilidade Corporativa, em português, é possível fazer o gerenciamento de todos os dispositivos de uma grande indústria farmacêutica e que foram distribuídos para seus colaboradores. Desta forma a empresa fica focada em oferecer um serviço de qualidade para o consumidor final e não em resolver essas questões.

Com a ajuda de tablets e smartphones, os fornecedores de medicamentos também conseguem ter acesso às informações mesmo não estando dentro da empresa. Em qualquer local e horário é possível obter dados sobre os produtos e sua localização. 

Além disso, o representante de vendas precisa garantir que todas as informações estarão disponíveis para ele. Isso faz muita diferença! Ao esquecer do papel e utilizar os dispositivos móveis, a informação sempre estará à disposição.

Confira outras funcionalidades da gestão de mobilidade corporativa que auxiliam e muito a indústria farmacêutica:

Modo Quiosque: esta funcionalidade da mobilidade corporativa é bastante vantajosa para a indústria farmacêutica, principalmente para as equipes que permanecem muito tempo longe da empresa, como em visitas externas, por exemplo. O modo quiosque é a função que bloqueia todas as demais funções e aplicativos do smartphone ou tablet, deixando-o apenas com o funcionamento adequado à prestação de serviços.   

Geolocalização: Para quem trabalha com equipes externas, principalmente se elas são numerosas, a funcionalidade de mapeamento e geolocalização permite que os gestores possam acompanhar o deslocamento dos funcionários. Além disso, esta função ainda pode ser uma importante ferramenta para traçar novas rotas, otimizar deslocamentos e diminuir o tempo gasto no trânsito.

A transformação digital já é uma realidade não apenas para empresas de tecnologia, mas para quaisquer setores, como a indústria farmacêutica, que entendem a importância que a inovação tecnológica tem na evolução dos negócios. 

Como dissemos na introdução deste post, as estratégias digitais aceleradas durante a pandemia foram fundamentais para que indústrias e mercados permanecessem atuantes apesar dos desafios. E este fator demonstra que, quando bem planejadas, podem abrir novas oportunidades e levar organizações ainda mais longe.

Continue lendo o blog da Navita para mais informações sobre transformação digital, mobilidade e telecomunicações!    

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