5G: tudo o que você precisa saber sobre a tecnologia
O futuro depende da conectividade. De inteligência artificial (IA) e carros autônomos ao 5G e telemedicina, uma mistura de realidade com tecnologias ainda não sonhadas. E todas as tecnologias que esperamos que tornem nossas vidas mais fáceis, seguras e saudáveis exigirão conexões de internet de alta velocidade sempre ativas. Para acompanhar a explosão de novos dispositivos e veículos conectados, sem mencionar o crescimento do streaming de vídeo, a indústria introduziu algo chamado 5G – que recebeu esse nome porque é a quinta geração de tecnologia de rede sem fio. Conheça, neste post, tudo sobre esta nova tecnologia. A evolução de 1G para 5G A primeira geração de redes sem fio móveis, construída no final dos anos 1970 e 1980, era analógica. A voz era transmitida por ondas de rádio não criptografadas e qualquer pessoa podia ouvir conversas usando componentes prontos para uso. A segunda geração, construída na década de 1990, era digital – o que tornou possível criptografar chamadas, fazer uso mais eficiente do espectro sem fio e entregar transferências de dados no mesmo nível da Internet discada ou, posteriormente, dos primeiros serviços DSL. A terceira geração deu às redes digitais um aumento de largura de banda e iniciou a revolução dos smartphones. As primeiras redes 3G foram construídas no início dos anos 2000, mas demoraram a se espalhar. É fácil esquecer que, quando o iPhone original foi lançado em 2007, ele nem mesmo suportava velocidades 3G, muito menos 4G. Na época, a finlandesa Nokia ainda era a maior fabricante de aparelhos do mundo, em grande parte graças à liderança da Europa na implantação e adoção de 2G. Enquanto isso, o Japão estava bem à frente dos EUA em cobertura 3G e uso de internet móvel. Mas não muito depois que os primeiros iPhones com capacidade 3G foram lançados, em 2008, a era dos aplicativos começou de verdade. A Apple lançou a App Store e os primeiros telefones usando o sistema operacional Android, do Google, começaram a ser vendidos. Logo os smartphones, antes vistos como itens de luxo, passaram a ser considerados necessidades. À medida que a Apple e o Google popularizaram os gadgets, o Facebook deu às pessoas um motivo para ficarem grudadas em seus dispositivos. Impulsionados pela Apple, Google e aplicativos como o Facebook, os Estados Unidos lideraram a mudança para 4G, levando a um enorme crescimento de empregos e inovação à medida que as operadoras expandiram e atualizaram suas redes. Entenda a tecnologia utilizada em uma rede móvel A verdadeira inteligência por trás dos smartphones é a rede móvel que os mantém conectados. Todas as redes móveis, independente da geração de tecnologia, usam os mesmos princípios básicos de funcionamento. As redes móveis consistem em três partes. Em primeiro lugar, temos a Rede de Acesso por Rádio, à qual o seu telefone se conecta. Suas antenas podem frequentemente ser vistas instaladas no topo de prédios. Depois, temos a Rede Principal – a parte central da rede móvel – que, por exemplo, conecta sua chamada à pessoa certa ou conecta você ao serviço de Internet que deseja usar. Por fim, temos a Rede de Transporte que conecta a Rede de Acesso Rádio e o Núcleo. O que é a tecnologia 5G A promessa é que o 5G traga velocidades de cerca de 10 gigabits por segundo para o seu telefone. Isso é mais de 600 vezes mais rápido do que o 4G típico dos smartphones de hoje. Rápido o suficiente para baixar um filme de alta definição 4K em 25 segundos ou para fazer várias lives ao mesmo tempo. No caso de smartphones, só é possível aproveitar essas velocidades com um aparelho “pronto para 5G”, ou seja, que já seja compatível com a nova tecnologia. Fabricantes como a Apple, Samsung, LG e Motorola, entre outras, já disponibilizam diversas opções. Como funciona o 5G? Os sistemas de comunicação sem fio usam frequências de rádio (também conhecidas como espectro) para transportar informações pelo ar. O 5G opera da mesma maneira, mas usa frequências de rádio mais altas, que são menos confusas. Isso permite carregar mais informações em um ritmo muito mais rápido. Essas bandas mais altas são chamadas de ‘ondas milimétricas’ (ondas mm). Embora as bandas mais altas sejam mais rápidas no transporte de informações, pode haver problemas com o envio a grandes distâncias. O sinal é facilmente bloqueado por objetos físicos, como árvores e edifícios. Para contornar esse desafio, o 5G utilizará várias antenas para aumentar os sinais e a capacidade da rede sem fio. A tecnologia 5G também será capaz de ‘dividir’ uma rede física em várias redes virtuais. Isso significa que as operadoras serão capazes de fornecer a fatia certa de rede, dependendo de como ela é usada e, assim, fazer um melhor gerenciamento da banda. Por exemplo, um operador será capaz de usar diferentes fatias dependendo da importância. Portanto, um único usuário transmitindo um vídeo usaria uma parte diferente para um negócio, enquanto dispositivos mais simples poderiam ser separados de aplicativos mais complexos e exigentes, como o controle de veículos autônomos. As tecnologias que constituem o 5G O 5G é baseado em OFDM (multiplexação por divisão de frequência ortogonal), um método de modulação de um sinal digital em vários canais diferentes que visam reduzir a interferência. O 5G usa uma interface ao lado dos princípios OFDM, como também utiliza tecnologias de largura de banda mais ampla, como sub-6 GHz e mmWave. Como o 4G LTE, o 5G OFDM opera com base nos mesmos princípios de rede móvel. No entanto, a nova interface 5G NR pode aprimorar ainda mais o OFDM para oferecer um grau maior de flexibilidade e escalabilidade. Isso poderia aumentar o fornecimento da tecnologia a pessoas para uma variedade de casos de uso diferentes. O 5G trará larguras de banda mais amplas, expandindo o uso de recursos de espectro, de sub-3 GHz usado em 4G a 100 GHz e além. Ele pode operar em ambas as bandas mais baixas (por exemplo, sub-6 GHz), bem como mmWave (por exemplo, 24 GHz e superior), o que